A Polícia Federal realizou, nesta terça-feira (19), a Operação Internus, voltada ao combate de um esquema de fraudes identificadas em uma agência da Caixa Econômica Federal, em Fortaleza. A ação, que contou com a expedição de seis mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal, teve alvos em duas cidades: Fortaleza, no Ceará, e Redenção, no Pará.
A investigação teve início após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (CEFRA), que identificou irregularidades significativas no sistema da instituição bancária.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema envolvia a realização de mais de 5 mil operações suspeitas, incluindo transações via PIX, saques e pagamentos de boletos. Todas essas transações eram autorizadas manualmente no sistema interno da Caixa, sem a presença física dos clientes e utilizando as credenciais de um funcionário da agência investigada em Fortaleza.
As irregularidades ocorreram entre junho de 2022 e janeiro de 2023, e utilizaram os dados de aproximadamente 3 mil clientes. Estima-se que o prejuízo financeiro causado pelo esquema ultrapasse R$ 900 mil.
A apuração inicial aponta para a participação de um funcionário da agência, além de outros suspeitos que podem estar envolvidos no esquema criminoso. Os crimes sob investigação incluem associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistemas de informação. Além disso, a Polícia Federal não descarta a possibilidade de os envolvidos integrarem uma organização criminosa estruturada voltada à prática de fraudes bancárias eletrônicas.
As penas máximas para os crimes investigados podem ultrapassar 25 anos de reclusão, dependendo das responsabilidades atribuídas a cada indivíduo.
Imagens de videomonitoramento foram fundamentais para identificar a participação de outros envolvidos no esquema. As investigações seguem em andamento para detalhar a extensão da fraude, identificar todos os responsáveis e entender a dinâmica das operações fraudulentas.
A Operação Internus é mais uma demonstração da cooperação entre a Polícia Federal e a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal. A CEFRA desempenhou um papel crucial ao identificar movimentações suspeitas e encaminhar informações detalhadas às autoridades competentes, facilitando o avanço das investigações.
A operação destaca a importância do trabalho conjunto entre instituições financeiras e órgãos de segurança pública no combate a crimes contra o sistema financeiro. A Polícia Federal reafirma seu compromisso em proteger os clientes e a integridade do sistema bancário, garantindo que os envolvidos sejam responsabilizados pelos atos ilícitos.
As autoridades continuam trabalhando para concluir a investigação, buscando não apenas identificar todos os suspeitos, mas também recuperar os valores desviados.