Na manhã desta quinta-feira (20), a Polícia Militar de Mato Grosso, em uma ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, deflagrou a Operação Acqua Ilicita, um duro golpe contra uma organização criminosa que vinha aterrorizando comerciantes de água mineral em quatro municípios do estado: Cuiabá, Várzea Grande, Nobres e Sinop.
A operação, que mobilizou mais de 400 policiais militares, teve como alvo um esquema de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa que impunha um controle econômico sobre os comerciantes, resultando em um aumento abusivo dos preços para os consumidores.
As investigações, conduzidas pelo Serviço de Inteligência da Polícia Militar em colaboração com o Gaeco, revelaram que a organização criminosa estava em plena expansão, buscando lucros ilícitos através da coação de comerciantes. Sob ameaças, os proprietários eram forçados a aderir ao grupo, que controlava os preços e distribuía os lucros de forma criminosa.
“A organização criminosa impunha um alto preço pelo controle econômico de comerciantes. Sob coação, eles eram cooptados a aderir ao grupo criminoso“, detalhou o subchefe de Estado-Maior Geral da PMMT, coronel José Nildo de Oliveira.
A Operação Acqua Ilicita cumpriu 60 mandados de busca e apreensão, 12 mandados de prisão e realizou o sequestro de bens e valores ilícitos, incluindo 33 veículos. A ação mobilizou diversas unidades da Polícia Militar, incluindo a Rede de Enfrentamento Tático Contra as Facções Criminosas (REFAC), o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), as Forças Táticas, a Companhia Raio e o Grupo de Apoio (GAP).
“A Rede de Enfrentamento Tático, instituída pela Polícia Militar, tem como objetivo a atuação em conjunto fortalecendo o combate às facções criminosas em todo o Estado de Mato Grosso, seguindo o programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso e Secretaria de Estado de Segurança Pública“, explicou o coronel José Nildo de Oliveira.
A ação da Polícia Militar e do Gaeco representa um alívio para os comerciantes e consumidores da região, que sofriam com os preços abusivos e a atuação criminosa da organização. A expectativa é que a Operação Acqua Ilicita restabeleça a ordem no comércio de água mineral e garanta preços justos para a população.
A operação segue em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas à medida que as investigações avançarem.